quinta-feira, 31 de outubro de 2024

HOMENS E LIVROS

 

HOMENS E LIVROS 

 

por Inajá Martins de Almeida



Ah! quem dera

um país a se estruturar

através de homens e livros.


Homens que não percam da vista
a terra que os fez nascer
- berço esplêndido Brasil.


Homens que possam dar vista
a vista de tanta gente
numa terra abençoada entre outras mil.

 






Homens que cultivem livros; 
livros que possam,
da ignorância, homens livrar.





Homens que nos livros 
possam encontrar
sentido e razão à vida.

Homens que possam saber 
que para ser nação
livros, homens livres há que formar.

Que a frase emoldurada
não permaneça presa à parede
mas que possa elevar a própria mente

a sentir que, se "uma nação 
se faz com homens e livros"
que livres sejam homens e livros.





segunda-feira, 28 de outubro de 2024

O VASTO UNIVERSO DAS EDIÇÕES DE LIVROS

"O livro é uma extensão da memória e da imaginação

- Jorge Luis Borges

___________________________


Percorrendo o universo das edições de livros, dia após dia, fico perplexa ante o volume imensurável de títulos. O que Gutemberg diria sobre isso?

Observo, então, minha biblioteca, e os títulos que permanecem, são aqueles os quais me são caros, aqueles que os quero por perto pelo significado de sua leitura - momentos compartilhados à dois, entre o cafezinho, uma prosa entre leituras e reflexões.

Daí relembro a observação de Jorge Luis Borges a se referir que os livros lidos eram mais importantes para si do que os escritos, o que condiz com esses que permanecem em minha estante.

Aliás, quando bibliotecária numa universidade, quando na ativa, uma das leitoras me questionou sobre o volume em minha biblioteca, o qual deveria ser medido pelo meu gosto e leituras, o qual lhe respondi que não, posto que muitos eram retirados de bibliotecas, outros encaminhados para doação, assim, reservava apenas alguns como de cabeceira, ou sentimental, mas todos lidos realmente. Não sou das tais que compra livro para enfeite apenas; não posso me permitir esse luxo, quem sabe, devido as mudanças que empreendi durante minha existência, desde a casa paterna, até os dias atuais, quando imagino que este apartamento seja o ápice da minha jornada. quem sabe.

Assim, retornando aos livros, autores e leituras, os quais geraram em mim significados profundos, os tenho sempre por perto, quando vez ou outra os referencio, trago ao blog, como o caso de Anne Lamott em seu "Palavra por Palavra" em que nos exorta a escrever, porque diz que temos livros dentro de nós.

Bom, meus textos se espalham pela internet, dentro dos blogs que criei ao longo desses anos, muito embora nem sempre as palavras me vem com facilidade.

"O Diário" de Lampedusa me foi de importância singular seu encontro, quando em seu prefácio diz que deveria ser imposição do estado o escrever sobre nós mesmos, uma vez que muitas situações poderiam ser dirimidas. Aliás, muitas vezes imagino que nossa vida anônima a quem poderia importar? Seriam aos parentes próximos? Quem o saber.

Outro título encontrado num sebo, pasmem, na rua, quando não se cogitava local adequado, um ambulante, sob o viaduto do chá, colocava livros na calçada. Um deles "O sucesso não ocorre por acaso" - Lair Ribeiro, trouxe-me a prerrogativa de que tínhamos de estar preparados quando a oportunidade ocorresse, dizia então: 

"Se você continuar fazendo o que sempre fez, vai continuar obtendo o que sempre obteve"

Assim, o livro me foi de cabeceira até recentemente, quando o direcionei para Ana Clara. Quem sabe lhe será de valia. Julgo assim, ter cumprido sua trajetória com muito esmero e motivação.        

texto inacabado... 

  

sexta-feira, 21 de junho de 2024

1977 / 2017 - CONCURSO DE BANDAS DE MÚSICA DO MOBRAL

Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo - 47 anos nos distanciam da grande conquista nacional no concurso de bandas de música. 

Motivo de júbilo para nossa cidade de Araras.

Registros que permanecem vivos na história da cidade de Araras, a qual detém o título inédito em concurso de Bandas de Música.

Nossa Corporação é consagrada a Banda de Todas as Bandas.  

Grandioso espetáculo realizado no Ginásio de Esportes de Brasília aos 20 de junho de 1977 - numa manhã clara de sol.
A foto registra a magistral regência do Maestro Alfredo Alexandre Pelegata, à frente dos seus músicos campeões. (clique sobre a foto) 

____________________



Inesquecível 1977. 

Premiação Nacional máxima. Uma história que o tempo jamais apagará, registrada nas 200 páginas do Álbum das Bandas de Araras. Edição 2017, ricamente ilustrada, farta em pesquisa, a qual demandou anos de labuta, tanto pelo autor e historiador Nelson Martins de Almeida, quanto pelas coautoras Inajá Martins de Almeida e Matilde Aparecida Salviato Viganó, primas e filhas da história,as quais puderam, desde tenra idade, os bastidores dos pais Nelson e Carlos Viganó, este que respirou música desde seus 12 anos até os quase 87 anos de uma gloriosa existência. Eternamente permanecerão em nossas lembranças e projetos, pois que a história ainda nos permitirá muitos feitos dignos de registro, pois que estes não se esgotam e ainda permanecemos na ativa, sempre, com mais e mais vigor para contar. Parabéns eternos músicos e familiares pelos 47 anos da grande conquista nacional. Muito tempos que agradecer seus feitos e conquistas.



No dia 20 de junho de 1977, sob a regência do Maestro Pelegatta, a Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo, obtém o 1º lugar no Concurso Nacional de Bandas, quando então a TV Globo, Rio de Janeiro, em transmissão nacional, consagra-se Campeã do Brasil.

Os confrontos musicais, em caráter de competição, realizados semanalmente, com transmissão a cada domingo pela Rede Globo, duas bandas de cada vez, exibindo seus repertórios, entusiasmaram a todos que tiveram oportunidade de ouvi-las.

As pontuações iam sendo gradativamente somadas, com a representação de Araras, alcançando as notas máximas que, por certo, a levaria à conquista final. O que realmente aconteceu.


Competiram, e foram classificadas, as Bandas:

1º) Corporação Maestro Francisco Paulo Russo - Araras / SP

2º) "Filarmônica XV de Novembro Cabense - cidade do Cabo / PE

3º) "Filarmônica 25 de Março - de Feira de Santana / BA

4º )"Filarmônica Visconde do Rio Branco - Belo Horizonte / MG



 
Nossa Banda é campeã nacional. Esta fora a geração, que com brilhantismo alargou as fronteiras da cultura, do conhecimento das artes. Esta fora a geração "audaciosa" e "atrevida" da conquista e dos registros das memórias em álbuns musicais - edições em discos - e, no presente, este documentário histórico das Bandas de Araras.
___________________________
     Momento histórico dos campeões na Praça Barão de Araras.
Os músicos campeões, em seus uniformes caqui, posam para foto, ao lado do obelisco.
Tendo como pano de fundo a fonte luminosa, o público ararense pode acompanhar o riquíssimo repertório vencedor na execução impecável dos músicos integrantes da Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo.
_______________________
   

 

Assembléia Legislativa em requerimento nº 1551 de 1977, através de seu representante Deputado Benedito Campos, assim manifesta:

 "... é um incentivo a todos e um prêmio à harmonia, a orquestração, a disciplina e, principalmente, à vontade e ao amor que os músicos ararenses devotam a uma tradição tão linda e alegre que por muitos anos se apresentam nas praças públicas, distribuindo cultura e alegria a muita gente... " - 30 de junho de 1977


Os músicos se deixam fotografar ao lado da Lira em Bronze, confeccionada para homenagear a Corporação Campeã Nacional de 1977 - clique sobre a foto


Estas fotos e breves textos, fazem parte do Documentário Histórico sobre as Bandas de Araras, o qual contempla um período entre 1879 até 2015. 


____________________________

Fotos, textos complementares e postagem de Inajá Martins de Almeida



 




sexta-feira, 7 de junho de 2024

VII GRANDES MULHERES NA LITERATURA - Casa do Poeta de Ribeirão Preto



clique sobre a foto para ampliá-la
____________________________

Sobrinhos presentes. Alegria contagiante em cada olhar. Família - ainda que impossibilitados de comparecer o filho, nora e neta, e a prima sempre presente - a prestigiar o momento tão expressivo e marcante que permanecerá em minha memória, nas fotos e neste blog. Sensação imemorável de comoção e emoção.l



clique sobre a foto

Singela homenagem pude ser agraciada, através da minha grande amiga e querida Maris Ester Souza e os amigos da Casa do Poeta de Ribeirão Preto. 

No ar, forte comoção invade o ambiente. Rostos vibrantes. Alegria contagiante. Falas expressivas dedicadas a todas as doze participantes desta VII edição das GRANDES MULHERES NA LITERATURA.

As fotos demonstram cada situação, cada momento que se multiplica em expectativa, aplausos, abraços.



clique sobre a foto 

Estar ao lado de grandes expressões da vida literária, me foi de grande emoção e comoção, pois que se escrevo que entre livros nasci, entre livros me criei, entre livros me formei, posso agora, sair dos bastidores e me aventurar a me tornar livro também. Esta é a meta: ser livro 


clique sobre a foto

O facebook replica fotos, mensagens acaloradas. Esta, Galeno Amorim faz menção ao trabalho de todas as participantes, tanto as escritoras expressivas, quanto aquelas que, nos bastidores podem alavancar o universo literário através de seus trabalhos, dons e talentos.



O diploma, a mim conferido, pode representar o ser, estar e o fazer bibliotecária, profissão esta que me chegou através da opção, paixão e convicção, como gosto de referenciar minha escolha.

Assim é que, neste dia, estar ao lado de grandes expressões na literatura e das artes, poder ser ativista cultural, como bibliotecária, quando o passado me possibilitou a oportunidade de participar de projeto ousado sob o inspiração e comando do então Secretário da Cultura Galeno Amorim -  Ribeirão das Letras - Projeto Bibliotecas -  na criação de oitenta bibliotecas num período entre 2000 à 2004, representa o reconhecimento de um trabalho de dedicação em atividades diversas dentro da área da Biblioteconomia e Documentação, título este que me representa e me representará para sempre.   

A gratidão aflora meu ser em sua plenitude. 
Gratidão aos amigos que fizeram parte dessa jornada entre linhas e livros.
Gratidão pelos amigos que permaneceram fiéis, ainda que distante no tempo e espaço.
Gratidão pelo retorno e pela expectativa de que o tempo pode, consigo,  acarretar encontros e linhas a se multiplicarem, pois que a possibilidade assim o permite.
Gratidão a grande amiga que esteve presente nos momentos mais marcantes na construção desse relevante projeto - Maris Ester.
Gratidão e grande respeito ao Galeno Amorim, sempre pontual e deliciado em sua fala encorajadora.
Gratidão a Casa do Poeta e do Escritor, com seus queridos membros; inesquecíveis lembranças de momentos singulares
Enfim, gratidão a uma cidade - Ribeirão Preto - que tão bem me acolheu, e que, por um período de vinte e cinco anos, proporcionou-me rico aprendizado na área escolhida, assim como, me deu a oportunidade em transitar entre a arte em suas expressões magnas: literatura, música, teatro, pintura, dança.
Ademais, gratidão pela oportunidade, também de, ao estar entre livros e linhas, aventurar-me na escrita, pois que percebi que já não mais me basta o estar entre livros nas estantes, participar de todo processo técnico, mas entender que as linhas me requerem linhas que, se transformam em textos, blogs e livros. O primeiro já está editado - Álbum das Bandas de Araras - e outros, nos bastidores, clamam por edição.

Assim é que a responsabilidade do diploma outorgado, a menção de ser ativista cultural e bibliotecária, a partir deste momento, abre-me imenso leque em perspectiva e oportunidade, as quais estou a levar avante.

Gratidão eterna, por este momento tão marcante em minha jornada.

Gratidão eterna aos meus pais que tão bem souberam me conduzir às linhas e letras, para que eu pudesse chegar até aqui.

Gratidão a Deus que tão bem sabe o propósito de nossos corações, levando-me a seguir avante nesta jornada que se estende em sete décadas, com a perspectiva e prerrogativa de alguns anos a mais. 
        



sexta-feira, 17 de novembro de 2023

LER É ROMPER BARREIRAS

por Inajá Martins de Almeida


 Ler é romper barreiras, quebrar limites, ultrapassar fronteiras, olhar além do que os nossos olhos possam enxergar. 

É sair do lugar comum, aventurar-se por caminhos vários. 

É olhar através das imagens e captar significados além do que a própria vista possa imaginar.

Umberto Eco bem expressa a biblioteca como um "armário de remédio". Livros em abundância, ainda que não sejam lidos em sua totalidade, como processo nutricional.

Realmente, o que há de mais belo do que uma estante recheada de livros?

Oh! Bendito o que semeia livros / Livros à mão cheia / e manda o povo pensar... Castro Alves  
__________________________


desta feita

A biblioteca sendo um organismo em constante movimento e desenvolvimento, o Bibliotecário deverá ter bem definido seu papel como educador, mais do que disseminador da informação.


assim:


1) Ao Bibliotecário compete ser elemento partícipe de processos de transformação, uma vez que com ele detém o conhecimento e este é moeda corrente.


2) Ao Bibliotecário não compete aceitar simplesmente ser um disseminador de informação, com profundos conhecimentos técnicos, mas, sobretudo, valer-se de novos métodos e instrumentos, para levar essa mesma informação ao usuário.


ademais...


3) O Bibliotecário, além de facilitador da informação, deverá ter plena consciência do seu papel social e de educador, fornecendo aos leitores informações adequadas às suas necessidades, respeitando suas individualidades.


assim é que: 


Quando pensamos a possibilidade de que cada leitor tenha seu livro, vislumbramos o livre acesso ao conhecimento. 


e, portanto, neste ponto, 


4) O Bibliotecário se torna fundamental, posto que ele passa a ser o mediador entre o leitor e a informação;


assim 


5) O Bibliotecário, passa a ser não um simples técnico da informação no processo informacional da biblioteca, mas um educador, colaborador, formador e transformador da informação para o leitor.


sábado, 6 de abril de 2019

ERA UMA VEZ


por Inajá Martins de Almeida

“Era uma vez”, amanheci.

Saí dos contos infantis; adentrei minha envelhecência. A bagagem dos anos vividos proporcionou-me contato com a realidade que as histórias maquiam: - “e foram felizes para sempre”, como se o ser feliz imputasse condição sine-qua-non para a vida plena.

Hoje aos sessenta e nove anos me sinto jovem para ser velha, ao mesmo tempo em que a idade me condiciona a uma realidade que não condiz com o ser jovem. Posso então dizer que me sinto jovial na plenitude dos meus anos.

E a linha do tempo me faz retornar aos anos de leitora in potencial e ao letramento; aos livros, a pouca idade me conduzia. Nossa biblioteca, generosa em volumes, enlevava-me à paixão que se perpetuaria aos anos vindouros – eu os amava. Mesmo não tendo entendimento para seu conteúdo, suas capas me atraiam, suas gravuras me encantavam. Era o livro que me capturava o pensar que se transportava para um universo ainda distante do meu entender criança. 

Assim é que “era uma vez” uma menina que amava tanto os livros, que não pudera almejar profissão mais adequada do que a de Bibliotecária. Iniciava-se ali um comprometimento fiel entre os livros que se deixariam selecionar, analisar, classificar, catalogar, organizar, enfim... Escrever...

Todo esse processo crítico avançaria espaço e tempo a conduzir leitora aos próprios apontamentos: como separar leitura da escrita. Não condiz.

Sob minha ótica, o escrever, complementa-se à leitura; para o autor imaginar seu livro referenciado, recontado, indicado, transformado em outro texto, seja a consagração maior para sua inspiração e transpiração. Claro que não o plágio.

Assim é que “era uma vez” uma menina que amanhecera entre contos de fadas, que brincava de ser leitora e escritora, na lousa, com giz escrevia:

Entre livros nasci
Entre livros me criei
Entre livros me tornei.

Enquanto lia o livro
Lia-me, a mim, o livro.

Hoje não há como separar:
O livro sou eu!

Ademais...

Bibliotecária por opção, paixão e convicção
Escritora por transpiração.

Assim, ao recriar o "foram felizes para sempre" em "era uma vez", pude me perceber ao sair das páginas do livro e adentrar meu próprio universo, nesta página virtual e tão real. 

terça-feira, 1 de maio de 2018

O QUANTO A LEITURA PODE SER NOSSA ALIADA

por Inajá Martins de Almeida



O ano 1997. A cidade Ribeirão Preto / SP. Eu então bibliotecária numa grande universidade. O trabalho ideal. Um sonho de poder estar entre livros sempre, quando de repente um susto - Minha mãe está com câncer. 

Setenta anos de idade. Vigorosa. Amável. Alegre, agora é colocada à prova ante o descompasso das células a guerrearem internamente.   

Visitas a médicos e hospitais tornam-se constantes. Todavia, livros e conversas com professores da área médica são nossos aliados.  

O tratamento árduo. Quimioterapia. Cesiomoldagem (o isolamento, a solidão das quatro paredes frias, os livros, as orações faziam companhia). A operação. A radioterapia, sempre na sequência médica habilmente programada pela equipe do Hospital de Clínicas. 

Em casa e no ambiente de trabalho as informações chegavam através dos livros e dos professores que, ao mesmo tempo em que compartilhavam  o conhecimento, absorviam a experiência vivenciada pela paciente e seus familiares. 

Os livros, portanto, tornaram-se então elementos fundamentais para que todo o processo longo e doloroso fosse abreviado. 

Minha mãe, ávida pela cura, acompanhava os textos, compartilhava com os profissionais e com satisfação ainda comentava, mesmo em meio a tantas dores: 

- “minha filha me traz livros para eu ler e me informar”.   

Os anos puderam ser contados em cinco, até a cura e a alta, mas os livros continuariam a lhe fazer companhia constante. 

Minha mãe jamais deixara de ler, leitora que era dos livros e da vida. - 

Anos após partiria. A idade a todos cobra. Mas, nos momentos derradeiros, a leveza do semblante deixava transparecer as leituras das linhas. Tantas compartilhadas . Tantas deixadas. Minha mãe, elo fundamental. 

Gosto sempre de iniciar meus textos com um pequeno poema, entretanto, este ocupa seus espaços e salta para as linhas: 

Entre livros nasci. 
Entre livros me criei. 
Entre livros me formei. 
Entre livros me tornei. 
Enquanto lia o livro, 
lia-me, a mim, o livro. 
Hoje não há como separar: 
O livro sou eu: 
Bibliotecária por opção, 
paixão 
convicção. 

Assim termino meus apontamentos, pois foram meus pais que me levaram às leituras das letras e da vida. 

Grata portanto a mãe Dalila Salviato de Almeida que me acompanhou através das linhas do tempo e ao pai Nelson Martins de Almeida que me introduziu no universo das linhas. 

Hoje não há como separar

as linhas nas mãos tecidas
às linhas que me teceram. 

as linhas que me tecem
as linhas em que posso tecer

linhas que tecem o tempo
tempo que se transforma em linhas

linhas no tempo tecidas
tecidas ao longo do tempo

linhas que envolvem linhas
tantas linhas a envolver

só para quem encontra nas linhas
sentido para viver

entre as linhas do tempo
linhas levam tempo

tempo leva linhas 
linhas deixam em aberto 

novo tempo
entre linhas ...





sábado, 31 de março de 2018

BIBLIOTECA PADRE EUCLIDES - Ribeirão Preto

História
A 03 de maio de 1903, por iniciativa do Padre Euclides Gomes Carneiro, foi fundada em Ribeirão Preto uma entidade denominada Associação dos Catequistas Voluntários. Em virtude de normas eclesiásticas que regiam os Bispados do Brasil - o termo catequista era exclusivamente reservado para a catequese da igreja –  a 17 de janeiro de 1904 mudou o nome para Sociedade Legião Brasileira. O Estatuto original da entidade, previa “fundar, quando possível, um museu e uma biblioteca”. Foi então criada a Biblioteca Padre Euclides, cujo acervo inicial foi doado pelo próprio padre, constituindo-se hoje em verdadeira relíquia com obras editadas no século XIX e início do XX.
A partir de subscrições e de donativos angariados em quermesses, em março de 1904 a Sociedade Legião Brasileira adquiriu um terreno e começou a construção de uma sede própria, mas só a 03 de maio de 1917 – as obras foram muitas vezes paralisadas por falta de recursos – foi inaugurada a 1ª sede na R. Visconde de Inhaúma esquina com a R. São Sebastião, no Centro. Essa sede foi demolida em 1965 para a construção do Edifício Padre Euclides, prédio com 15 andares que, conforme acordo de cessão de terreno, destinou o 1º e 2º andares para a Biblioteca Padre Euclides / Sociedade Legião Brasileira Civismo e Cultura Ribeirão Preto – SOLEBRARP.

A história da Biblioteca Padre Euclides se confunde com a história da comunidade local e é um capítulo completo na história de Ribeirão Preto. Conserva em seu acervo obras raras, bem como obras que relatam e retratam a história da entidade com a cidade. Por exemplo: foi abrigo e hospital improvisado durante a chuva de pedra que assolou Ribeirão Preto em 1909 e nas revoluções de 1924 e 1930; foi quartel-general de julho a setembro de 1932, durante a Revolução constitucionalista e, ainda em 1932, serviu como sede da única rádio da cidade, a PRA-7.
A entidade vem sobrevivendo com recursos provenientes de contribuições de pessoas da sociedade local e com a renda, insuficiente, conseguida com o aluguel dos conjuntos comerciais no 2º andar do Edifício Padre Euclides onde está instalada. 

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-biblioteca-padre-euclides

_______________

captura de fotos e postagem para este blog de Inajá Martins de Almeida - Bibliotecária e Documentalista

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

IMPRESSÕES DE UMA VIAGEM AO SUL - Revista de Araras

Inajá Martins de Almeida - Revista de Araras -1967 


  




É na sexta edição, esta Histórica - separata do Álbum de Araras -  que, vasculhando papéis engavetados, em arquivos guardados, grata surpresa ao ler meu nome estampado em suas páginas. 

O tempo fizera-me esquecer detalhes, em que, em minhas tentativas através do horizonte da escrita, meu pai encontra rascunho de um texto, lançado sobre a mesa de trabalho, e me presenteia com sua editoração. 


Eram os anos de 1967. Eu uma adolescente, estudante e sonhadora com meus 17 anos. 

A partir de então meu nome passaria a figurar no expediente da Revista, entretanto, eu não mais motivara-me às linhas. 

Hoje percebo que os roupantes da juventude, a timidez e a falta de ousadia, que meu pai vislumbrara em mim, fizeram com que eu engavetasse minha criatividade, aquela que aos poucos estou a resgatar. 

Não sei se poderei alcançar o brilho e o vigor de meu pai, mas sei que esta experiência está sendo maravilhosa. Quiçá sirva de exemplo para jovens que se afastam das experiências dos mais experientes, como eu o fizera naquele saudoso tempo.    

Os anos transcorreram e neste momento deparo-me com essas linhas e a emoção leva-me a compartilhar... 


O Historiador Nelson Martins de Almeida, meu pai, transcorridos anos, foi crescendo dentro do meu sentir, ao ponto de deixar a saudade transformar-se em frutífera dinâmica para o trabalho que venho desenvolvendo.

Agradecer é o pouco que posso almejar, ainda que a distância nos separe pelas circunstâncias naturais de nossa existência, mas de onde quer que esteja nossos laços com certeza permanecem eternamente. 


Meu pai... Meu único e verdadeiro Herói.

_____________________________________________



ÁLBUM DAS BANDAS NA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAS

ÁLBUM DAS BANDAS DE ARARAS NA BIBLIOTECA DA CÂMARA


A Câmara Municipal de Araras recebeu na tarde da última, terça-feira (12/09/2017), um exemplar do livro ‘Álbuns das Bandas de Araras’, das coautoras, Inajá Martins de Almeida e Matilde Aparecida Salviato Viganó, respectivamente filha e sobrinha do autor e historiador, Nelson Martins de Almeida, que havia deixado o livro praticamente pronto, antes de falecer em 2012.
O livro foi lançado no último dia 26 de agosto na Biblioteca Municipal ‘Martinico Prado’ e contou com a presença de um grande público, vereadores e autoridades. A obra retrata a origem de todas a bandas de Araras e detalha a conquista da Corporação Maestro ‘Francisco Paulo Russo’ do 1º Campeonato Nacional de Bandas, promovido pelo MEC – Ministério de Educação e Cultura e Funarte – Fundação Nacional de Artes – nos estúdios da Rede Globo no Rio de Janeiro, em 1977. Por este feito histórico, a Corporação foi homenageada no dia 20 de julho deste ano em sessão solene promovida pela Câmara Municipal de Araras, a pedido do presidente do Legislativo, o vereador Pedro Eliseu Sobrinho.  
O exemplar foi entregue ao diretor de comunicação, o jornalista Nilsinho Zanchetta e ao historiador e responsável pela biblioteca da Câmara Municipal de Araras, Andrei Campanini. “Receber esta preciosidade das mãos das coautoras é motivo de muito orgulho, é um livro com histórias incríveis, enriquecedoras e que muito valoriza a história da nossa querida cidade de Araras”, declara Zanchetta.
Para o historiador Andrei Campanini, a obra vai enriquecer ainda mais o acervo da biblioteca. “O livro eterniza a história das nossas bandas, valoriza os personagens de nossa cidade e mantém a história viva, com certeza a biblioteca ganha muito com este presentão”, relata Campanini.
As coautoras Inajá e Matilde disseram que estão extremamente felizes com a homenagem e a repercussão do livro. “Gostaríamos muito de agradecer a homenagem feita pela Câmara Municipal a nossa querida Corporação, foi emocionante, ficará eternamente em nossas memórias, quanto ao livro, realmente ficou muito lindo e informativo, valeu a pena todas as pesquisas feitas, as fotos históricas que conseguimos para ilustrar o livro e o mais satisfatório de tudo isso é a aceitação do público, que tem gostado e nos procurado para adquirir os exemplares”, contaram.
Quem quiser adquirir um exemplar do livro ‘Álbum das Bandas de Araras’, basta entrar em contato com as coautoras pelos telefones: 3352-8609 ou 98105-4488. A obra custa R$ 60.00. 

Com informações da Diretoria de Comunicação da CMA

http://www.araras.sp.leg.br/biblioteca-da-camara-municipal-de-araras-e-presenteada-com-o-livro-lbum-das-bandas-de-araras/7205

________________________

Jornal Opinião registrou o momento em sua edição de 14/09/2017, conforme registro para este Blog - capturada foto via facebook


http://jornal.grupoopiniao.com.br/biblioteca-da-camara-e-presenteada-com-o-livro-album-das-bandas-de-araras/

ÁLBUM DAS BANDAS DE ARARAS

Em noite de total envolvimento por parte da comissão organizadora, do público presente e das coautoras o "ÁLBUM DAS BANDAS DE ARARAS", da autoria do Jornalista e Historiador Nelson Martins de Almeida, após longo período de pesquisa e envolvimento histórico sobre as bandas da cidade, é entregue à municipalidade ararense, ao som da Orquestra de Sopros Maestro Francisco Paulo Russo, sob a regência do Maestro Marco Antonio Meliscki.

Neste momento de total envolvimento e comprometimento entre livros, é que, esta que escreve sente o que realmente é estar entre livros numa vida e eles dedicada. Nascer, crescer e continuar a viver entre livros é a significância maior de uma existência. E como registrado na última página do Álbum - "O livro agora sou eu... Bibliotecária por opção, por paixão e por convicção... quiçá doravante também partícipe da criação literária... Sempre uma caixinha de surpresa a ser aberta... As reticências há que falar por si...

http://nelsonmartinsdealmeida.blogspot.com.br/2017/08/documentario-album-das-bandas-de-araras.html _____________________          

Evento foi realizado na noite do último sábado (26.08.2017)






Foi lançado, no último sábado (26), na Biblioteca Municipal Martinico Prado, o documentário Álbum das Bandas de Araras. O documentário escrito por Nelson Martins de Almeida, teve a coautoria de Inajá Martins de Almeida (filha de Nelson) e Matilde Aparecida Salviatto Viganó (sobrinha do autor).




O livro conta a história das bandas ararenses entre 1879 e 2015, com destaque para a conquista nacional no Concursos de Bandas, em 1977. As coautoras, fizeram o trabalho de pesquisa entre 1977 e 2015 e demoraram cinco anos até a conclusão final da obra.





https://www.youtube.com/watch?v=OOwqJyvlVHo&feature=youtu.be

http://reporterbetoribeiro.com.br/documentario-album-das-bandas-de-araras-sp-e-lancado-para-a-populacao/

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...