sábado, 28 de janeiro de 2012

O BIBLIOTECÁRIO E A INFORMAÇÃO

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BIBLIOTECÁRIOS - PARA PENSAR




Bibliotecário - ponte entre informação e o usuário.

Não basta ser bibliotecária. Há que envolver o leitor no universo dos livros.

A utilidade de um documento só fará sentido se estiver devidamente organizado e com orientações para seus usuários, o mesmo ocorrendo para as bibliotecas, centros de documentação. Aí ser o bibliotecário elemento facilitador tanto para a organização, quanto para levar o interessado pelo acervo à informação que deseja encontrar.


A internet favorece atingir um público incomensurável, num curto espaço de tempo, quando se deseja disseminar informação.

Ao bibliotecário compete ser elemento partícipe de processos de transformação, uma vez que ele detém o conhecimento e este é moeda corrente.

A biblioteca sendo um organismo em constante movimento e desenvolvimento, caberá ao bibliotecário ter bem definido seu papel como educador, não se atendo somente às técnicas biblioteconômicas.

Aquele bibliotecário perdido atrás dos livros, das fichinhas, deu lugar ao profissional tecnológico, cientista da informação e, além de tudo, educador.


Inajá Martins de Almeida


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO


"O Bibliotecário, além de facilitador da informação, deverá ter plena consciência do seu papel social e de educador, fornecendo aos leitores informações adequadas às suas necessidades, respeitando suas individualidades" - Inajá Martins de Almeida

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O LIVRO AGORA SOMOS NÓS


por Inajá Martins de Almeida


Faziam-me companhia, nada me cobravam. Silentes apenas podiam auscultar meus sussurros abafados, meus risos calados, meus olhos arregalados ou  fechados quando clamava alma.

Degustava as gravuras e aqueles sinais, ainda indecifráveis à minha pouca idade, eram incorporados à fala de minha mãe, a qual se fazia representar, decifrando-os para mim.

Os livros me eram familiares, ao ponto de perceber que a paixão não fora fruto do acaso. Entre livros nascera. Entre livros me criara. Entre livros me formara. Entre livros me tornara. Entre livros me apaixonara.

Mal supor pudera, que decorridos os anos entre livros, iria encontrar aquele que escreveria o segundo ato da composição da minha existência, quando então me segredava:

_ “Minha vida é uma enciclopédia. Cada ano um volume. Cada dia uma página. Cada hora um novo texto. Cada minuto uma palavra. E a cada segundo, entre um sim e um não, muda-se a história!”   (Elanklever)

Era o momento em que sua entonação de voz mudava vez ou outra. Transportava-se para dentro daquele enredo e ora me vinha como uma serelepe, ora como manhoso urso; também me trazia chapeuzinho vermelho que adentrava a casa da vovozinha, enquanto o lobo mau do lado de fora mantinha guarda. Lembrança saudosa!

Ao lado, lápis de cores variados, papel branco, podiam delinear meus rabiscos, enquanto ela representava a cena, com seu dom esmerado.  Podia sair da contação da história, para adentrar o universo ilustrativo do tema. Tecia as cores, com a maestria com que passava o texto, ora acrescentando-lhe coloridos próprios, ora recolhendo retalhos, enriquecendo-os com bordados de palavras, que a pouca idade ainda me era desconhecida, mas que já sonoros alinhavos entreteciam em meus ouvidos.

Conseguia ir além das palavras do autor e, ainda que por instante célere, ser a co-autora, tanto da palavra quanto das cores. Ao ler e contar história tecia um novo texto; ilustrava-os sob sua ótica. Eu não podia entender, mas o livro saia das linhas e adentrava a galáxia de minha mãe. Anos após, poderia eu mesma sentir o gosto de sua própria experiência.

Aqueles momentos alinhavavam-me o universo literário. Coloriam meu mundo – o livro e minha mãe. Mais tarde novos personagens viriam compor meu cenário literário.

Eu não conseguia separá-los. Hoje meu discernimento me faz entender o que me era ininteligível naqueles mágicos encontros. Em minhas memórias, percebo-me livro nas mãos, meu filho ao lado, interesse ímpar pelos textos e gravuras, o que o levariam a cultivar o gosto pela pesquisa e leitura, num futuro breve.

Minha neta, olhar vivo, raciocínio rápido nos seus dois anos, livro nas mãos e um futuro brilhante; páginas em branco alinhavadas pela avó que cenas registram – na mente e nas linhas.

E os cenários se misturam. Passado e presente se intercalam e posso sair de uma cena e adentrar outra numa singular intimidade, aquela que as palavras nos proporcionam e juntos, lado a lado, o pensador que escreve o segundo ato da minha criação literária, sussurra-me aos ouvidos:

"Quando abro um livro, vislumbro um horizonte, onde as ideias brilhantes despontam como o sol, detrás das montanhas!" (Elanklever)

E – como o pensador que me fala – ideias brilhantes, despontando por entre as montanhas, por entre as linhas - começo a vislumbrar. Logo me aposso da linha imaginária que me leva, com asas de águia, rumo ao vento a compor um capítulo do nosso livro, aquele que está sendo escrito a quatro mãos todos os dias, entre os personagens centrais e co-adjuvantes que contracenam o teatro da vida.

Agora, as lembranças saem do virtual e no cenário real podemos em uníssono declarar:

_ O livro somos nós!

Inajá Martins de Almeida
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Os trechos entre aspas são do autor e pensador Elvio Antunes de Arruda (Elanklever) – do livro “Definições reflexivas II: grandes detalhes. Edição 2009.

BUQUÊS DE LETRAS

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Leituras em buquês de letras -  http://buquesdeletras.blogspot.com/


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO O QUE DEVERÍAMOS LER - Umberto Eco

"Hoje o problema é mais complicado do que nunca ... Isso lembra o argumento de Pierre Bayard, em “Como Falar Sobre Livros que Você Não Leu”, de que não é essencial ler de fato um livro de capa a capa para entender sua importância". leia mais

Penso que há vários momentos: necessidade escolar para leitura dos clássicos para cumprir trabalhos e vestibular, outra em que há busca por pesquisas várias nas universidades e aquela que fazemos para nosso próprio deleite e satisfação. Para nos aperfeiçoar profissionalmente. Para nos encontrar espiritualmente.

Falar de livros sempre é bom e proveitoso. Realmente não é necessário ler todo o livro para poder conhecer seu conteúdo na íntegra. E como é bom e gratificante tê-los ao nosso redor.

Temos mais acesso a informação na atualidade do que em tempo algum na história. Ela gravita através dos meios de comunicação, sendo a internet o foco maior. Assim, saber utilizá-la a nosso favor eis a grande questão, caso contrário corremos o forte risco de nos enfadarmos, de nos tornamos amnésicos, como numa entrevista que o próprio Eco concede à Revista Eco, neste bloco indicada. Vale conferir sempre. Umberto Eco é um ícone em nossa atualidade.

Comentários de Inajá Martins de Almeida

O EXCESSO DE INFORMAÇÃO PROVOCA AMNÉSIA - Umberto Eco

Umberto Eco ao completar 80 anos de idade concede ótima entrevista a Revista Época. Apenas um pequeno trecho transcrevo. O escritor diz que a "internet é perigosa para o ignorante e útil para o sábio porque ela não filtra o conhecimento e congestiona a memória do usuário"Vale conferir toda a matéria. 


"Sou colecionador de livros. Defendi a sobrevivência do livro ao lado de Jean-Claude Carrière no volume Não contem com o fim do livro. Fizemos isso por motivos estéticos e gnoseológicos (relativo ao conhecimento). O livro ainda é o meio ideal para aprender. Não precisa de eletricidade, e você pode riscar à vontade. Achávamos impossível ler textos no monitor do computador. Mas isso faz dois anos. Em minha viagem pelos Estados Unidos, precisava carregar 20 livros comigo, e meu braço não me ajudava. Por isso, resolvi comprar um iPad. Foi útil na questão do transporte dos volumes. Comecei a ler no aparelho e não achei tão mau. Aliás, achei ótimo. E passei a ler no iPad, você acredita? Pois é. Mesmo assim, acho que os tablets e e-books servem como auxiliares de leitura. São mais para entretenimento que para estudo. Gosto de riscar, anotar e interferir nas páginas de um livro. Isso ainda não é possível fazer num tablet". leia a matéria
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