sexta-feira, 30 de março de 2012

MUSEUS VIRTUAIS

46 museus virtuais para você visitar de graça

16/02/2012
O Brasil conta com mais de 3.000 museus e você já visitou pelo menos 5% deles? Pensando nisso alguns museus digitalizaram seus acervos para espelhar a cultura e informação pela internet. Confira os 46 museus virtuais que você pode visitar:

Visite os museus virtuais. Eles representam a História e se comunicam com o internauta por meio de acervos, informações e arte

Digitalizar e disponibilizar itens de acervo pode ser apenas uma das etapas que um planomuseológico prevê para disseminar a informação e cultivar a memória, portanto, se você não puder visitar pessoalmente navegue por eles e divirta-se. É sempre um bom passeio turístico, informa, diverte, educa.


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postagem de Inajá Martins de Almeida
fonte: facebook Oswaldo F.Almeida Junior

quinta-feira, 29 de março de 2012

UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS

"Um país se faz com homens e livros"... "Nos livros está fixada toda a experiência humana. É por meio deles que os avanços do espírito se perpetuam. Um livro é uma ponta de fio que diz: "Aqui parei; toma-me e continua, leitor"... (p.46)

"Acho que quem vem a esta biblioteca não tem tempo de abrir um livo. Há coisas demais para distraí-lo e ocupar-lhe a atenção. E que é a biblioteca em si senão um livro - e o primeiro a ser consultado?" (p.49)

"Acho que esta biblioteca foi o primeiro grande livro composto pela América..."  (p.49)


"Sair da Quinta Avenida, o torvelinho perpetuo, e cair na Biblioteca Pública, corresponde a mudar de planeta. Reina lá um silêncio de recolhimento, e ainda uma constante temperatura de primavera, por mais que fora o verão escalde..." (p.211)

"Não há ali regulamento estragador do prazer do consulente; ou então o regulamento é feito de modo a coincidir com os impulsos naturais da criança que entra: "fossar" na imensidão de livros, sem atender a mais nada além da sua natural curiosidade e irrequietismo... O prazer das crianças é ali intenso, porque podem mexer à vontade. O "não faça isso, não bula nisso" não existe"... (p. 212-213)

É na América do Norte que se estasia, ante os monumentos de George Washington e Lincoln, prova concreta de "que a América tinha homens". É a visita a esse país que vem a lume o livro - América... leia todo texto em Retalhos de Leituras

sexta-feira, 23 de março de 2012

RETALHOS DE UMA BIBLIOTECÁRIA

por Inajá Martins de Almeida

Era aos meus olhos como estar num conto de fadas. Eu que acostumada fora aos livros, dispostos em amplas estantes, na sala de nossa casa, o qual sentia verdadeira paixão em organizá-los em ordem de assunto: dicionários, enciclopédias, romances, história, geografia, obras gerais – método que eu mesma desenvolvera mediante sentidos práticos dos meus doze anos – agora posso me encontrar numa biblioteca de verdade. ... continue lendo 

domingo, 11 de março de 2012

CARMINDA NOGUEIRA DE CASTRO FERREIRA

12 de março - Dia do Bibliotecário

nossa eterna homenagem

Dª CARMINDA - doce lembrança


Há pessoas que partem mas nos deixam grande legado.
Esta fora Carminda Nogueira de Castro Ferreira, doutora em letras, professora, bibliotecária.

Há pessoas que passam... apenas passam! Há pessoas que passam e deixam rastros permanentes! Há pessoas que passam e se vão! Mas...Há pessoas que se vão e não passam!... Dª Carminda, professora que marcou profundamente minha vida pessoal e profissional. 
Amante incondicional da área arregimentava seu exército, com seu ideal inabalável. 
Ensinava-nos a aprender e a buscar o que não sabíamos. 
Fazia-nos pensar, questionar, perguntar, refletir, pesquisar, não aceitar simplesmente palavras impostas. 
Sabia transmitir informação, ao mesmo tempo em que nos levava a transformá-las em conhecimento e sabedoria para o nosso viver bibliotecário. Seu método revolucionário de ensino me levaria a jamais deixar de ser pesquisadora. 
Levava-nos a pesquisar o que não sabíamos. 
Foram apenas três anos (1970-1972), mas que fizeram, fazem e continuarão fazendo marcante diferença em minha vida. 
Bibliotecária por formação, por paixão, por convicção. Sua orientação para que, de suas tantas matérias, recolhêssemos retalhos, que nos proporcionassem tecer colchas, acompanharam meus passos, durante toda minha jornada. 
Aos poucos, então, colchas tecia, com retalhos de lã, lembranças das linhas - artesã: das agulhas na lã, das palavras na linha. 
O tempo, realmente pediu conta de meu tempo e ao olhar para trás, aquelas doces lembranças de um passado marcante. Aquela jovem ávida por galgar uma carreira, ainda sem futuro, ainda sem história.Aquela professora que faria toda a diferença vida afora, decorridos os anos, os quais se contam em quarenta, os sorrisos escancarados, estampados no rosto - sorriso da alma - pode recolher um retalho, numa alegria que não se conta. 
Era o Dia do Bibliotecário – 12 de março de 2010. Merecida homenagem. A ela, pelas autoridades locais. A mim por desfrutar da sua doce e terna presença, seu abraço delicado, sua palavra de carinho sempre respeitosa de professora zelosa. 
Inesquecível Dª Carminda, torna presente o maior dos presentes: o legado do conhecimento. 
Seu sorriso franco, limpo, aberto, claro, sem maquiagem, expressa a tranquilidade da missão cumprida, ao abraçar a aluna, naquele instante – seu olhar pode me fazer recolher retalhos através daquele brilho que saia da alma. 
Aquela jovem sonhadora, Inajá, que tecia retalhos futuros, ao ouvir da mestra querida que: - "o bibliotecário não tem futuro; ele é o futuro", pode amealhar mais um retalho para sua colcha, ao fazer da sua vida entre livros a sua realização pessoal. 
Com certeza, Deus é tudo de bom, ao me cercar de gratas pessoas: 
Minha mãe que me legou o prazer das lãs -  formou-me o caráter. 
Meu pai que me levou ao gosto pelos livros e pelas linhas - desenvolveu-me o senso crítico da pesquisa e da escrita. 
Meu irmão que me ensinou a humildade do perdão. 
Meu filho que me proporcionou avançar na era tecnológica e, acima de tudo, me realizar quanto mãe. 
Minha nora extensão maior da continuidade de gerações. 
Minha neta legado de Deus para minha "velhice". 
Cunhada, sobrinhos, sobrinhos netos, tios, primos, professores, colegas, amigos. 
Minha mestra Dª Carminha – inesquecível - professora que soube transmitir e encravar em minhas entranhas a paixão pela Biblioteconomia. 
Durante a homenagem, nesse último 12 de março, mais um retalho recolho e dissemino quando então nos fala: 
- “Imaginem se eu pudesse desmembrar todas as lembranças que tenho”.
E eu assim desmembro, aos poucos, as minhas, aquelas que foram nossas. 
Sem sombra de dúvidas, os retalhos continuam sendo recolhidos. A colcha tecida... Quantas! Querida, doce e meiga dona Carminda. 
Grata pela lembrança da sua presença em minha vida. Pela transmissão do seu conhecimento. Pela sua sabedoria em desvendar meu potencial “in potencial”. Pelo seu abraço, coroado de energia naquele 12 de março de 2010. Pelo seu sorriso grato. Pela permissão de uma foto ao seu lado. 
Grata pelo seu exemplo de vida. Grata pelos seus retalhos... Eternamente grata. 
Carminda Nogueira de Castro Ferreira, de forma magistral, soube incorporar sua profissão professor = professar = fé, quando aos oitenta e nove anos “Montou num querubim e voou; sim, levada pelas asas do vento!” (Salmos 18:50). texto de Inajá Martins de Almeida fora publicado


"Imagine se eu pudesse desmembrar todas as lembranças que tenho!"

"O Bibliotecário não tem futuro. Ele é o futuro".

"Meu método de ensino é ensinar o aluno a pesquisar aquilo que não sabe"
(Carminda Nogueira de Castro Ferreira)

Câmara Municipal de São Carlos - 12 de março de 2010 - Dia do Bibliotecário 


"O bibliotecário não tem futuro, ele é o futuro"

Palavras da Bibliotecária, professora, doutora Carminda Nogueira de Castro Ferreira, durante homenagens e comemorações ao Dia do Bibliotecário - 12 de março 2010 - Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)


Bibliotecárias - a partir da esquerda: Miriam Zambel, Vera Martucci, Lourdes de Souza Moraes (Bibliotecária e Secretária da Educação da cidade de São Carlos), Dª Carminda Nogueira de Castro Ferreira e Inajá Martins de Almeida

Câmara Municipal de São Carlos - homenagem ao Dia dos Bibliotecários - 12 de março 2010
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Dª Carminda Nogueira de Castro Ferreira, minha amada professora na Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos (1970/1972). 
Dª Carminda e Inajá 


Doce lembrança; grato reencontro no dia do Bibliotecário 2010. 
Quando então era homenageada, pela Câmara Municipal de São Carlos e UFSCAR, sem o saber, proporcionava-me a maior das homenagens: seu beijo terno, seu sorriso encantador, suas mãos nas minhas, seu abraço apertado, sua imagem registrada nesta foto. 
Colheita que o tempo, num retalho inesquecível marcava meu existir.  
Com certeza o tempo passara célere, mas a colcha jamais deixara de ser tecida, com retalhos de lembranças; com retalhos de saudades do passado. Retalhos que o presente deixará como legado para o futuro. 

Retalhos que nos motivava a recolher, a guardar, para que a colcha de retalhos pudesse ser tecida, quer de nossas experiências diárias, quer do conhecimento amealhado durante o curso.

Ensinava-nos a pensar, a participar. Colocava as ferramentas do conhecimento em nossas mãos, e mostrava um vasto horizonte inexplorado a nos aguardar.

Pessoa rara, ímpar, daquelas que passam por nossas vidas e deixam rastros. Marcam para sempre. 

(Fotos Elvio Antunes de Arruda)
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Carminda Nogueira: uma grande propagadora da profissão


Carminda Nogueira de Castro Ferreira nasceu em Portugal e radicou-se no Brasil em 1948. Teve onze filhos. Nove deles formaram-se em Biblioteconomia, a exemplo da mãe. Formou-se na primeira turma da Faculdade de Biblioteconomia, em São Carlos, na década de 1960, quando a profissão, então de nível médio, passou a ser de nível superior.

É doutora em Letras Românicas pela Universidade de Coimbra; mestre em Biblioteconomia (com a tese então revolucionária denominada O método Keller no Ensino da História do Livro – Um Curso Programado Individualizado); pós-graduada em Ciência da Informação e Administração de Empresas, com especialização em Organização e Métodos (O&M). Dedicou-se à organização de arquivos empresariais e públicos; implantou importantes centros de documentação (como os da Associação Brasileira de Cimento Portland, da TAM, do Itaú etc); e, também, foi professora. Atualmente, presta serviços em dois grandes escritórios de advocacia, como consultora em língua portuguesa, e em empresa de treinamento à distância.continue lendo

"O livro, como instrumento privilegiado do saber e da reflexão, pelo relevante papel que desempenha no processo de civilização humana, na vida social, no desenvolvimento científico e tecnológico, na promoção dos direitos humanos e da paz deve merecer dos profissionais bibliotecários, agentes potenciais de mudança social, um estudo abrangente e profundo".

Carminda Nogueira de Castro Ferreira

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Há pessoas que passam... apenas passam!
Há pessoas que passam e deixam rastros permanentes!
Há pessoas que passam e se vão!
Mas...
Há pessoas que se vão e  não passam!...

Inajá Martins de Almeida

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Os veículos informacionais noticiam o falecimento da professora doutora Carminda Nogueira de Castro Ferreira neste último dia 14 de outubro aos 89 anos (1921 – 2010).

Falar de Dª Carminda (minha doce e querida professora na década de 70) é gratificante demais para mim. 

Fora ela a forjar minha formação acadêmica e a legar-me o incentivo a amealhar retalhos de experiências.


Foram eles - os retalhos - que puderam me fazer companhia no passado, alinhavar e tecer meu  presente e chulear meu futuro, pois deles me apossei e entreteci valores pessoais e profissionais  – já nem sei mais separá-los da minha pessoa.


DIA DO BIBLIOTECÁRIO - 12 de março 2010 










Estivemos presente nesse dia inesquecível  (Elvio Antunes de Arruda e esta que escreve - Inajá Martins de Almeida) nas merecidas homenagens que a UFSCAR e Câmara de São Carlos lhe outorgaram, aliás, digo inclusive que a mais homenageada fora eu, por haver merecido tão graciosa,  a "graça" por partilhar sua presença, num momento tão gratificante e merecido, pelos brilhantes feitos.


Esse momento pode ser registrado em fotos que Elvio, tão bem soube expressar, através de sua ótica perspectiva, o qual não tenho, também, como agradecer. Lá estava ele, para acompanhar e conhecer aquela a quem me expressava de forma a mais carinhosa, sempre.

Se os olhos de Elvio nos fitavam e atentavam aos cliques, deixaram mostrar, a mim, marejados quando, mesmo em forte emoção, pude observá-lo a nos mirar ainda que após o abraço apertado, naquela troca de olhares todo o mais se apartasse de nós – agora, éramos apenas nós duas a nos entregar às nossas memórias, aos nossos retalhos.  

Outra matéria significativa posso registrar, fora oferecida pela Revista Kappa (http://revistakappa.com.br/em sua edição nº 6. Meus retalhos não ficaram esquecidos; fotos e falas puderam ser capturadas pela sensibilidade da jornalista Ana Paula Santos que, sem me aperceber registrava parte de algumas palavras acaloradas que travavamos naquele instante, quando então captura algo como: “na década de 70 dona Carminda foi minha mentora e me repassou o prazer em buscar o conhecimento. Lembro com carinho dela dizendo que suas aulas deveriam ser retalhos, e que durante nossa vida estaríamos costurando uma colcha...”

A minha grande mestra, com carinho, amor e dedicação por mim sempre lembrada. Seu sotaque forte e penetrante jamais se apartaram de meus ouvidos. Meu amor pelo seu conhecimento, pela pessoa generosa, legou-me a paixão e a convicção pela área que optara - a Biblioteconomia. Tornei-me bibliotecária e me realizei, em grande parte, proposto pelos seus incentivos maiores. 


Amei dª Carminda, com amor incondicional de aluna, de profissional. 


Lembro-me de suas palavras naquele dia 12 de março (2010), quando dizia: 


“Quem me dera pudesse eu desmembrar todas as lembranças que tenho!”.(Carminda Nogueira de Castro Ferreira) 


O que posso eu dizer, quando então me encontro a  desmembrar parte dessas nossas lembranças.


Cuidadosa e zelosa, perguntava sobre minha trajetória profissional, pois nossos caminhos seguiram rumos diversos e pouco contato tivemos ao longo desses quarenta anos, porém, jamais nos esquecemos; jamais nos permitimos a distância, ainda que o físico não o negasse.

Surpreende-me quando me questiona sobre o tema de minha monografia, da qual nem ao menos cópia me ficara – O fato histórico – quando fora minha orientadora e se diz lembrar dos detalhes daqueles momentos, relatando-me até algumas passagens.

Realmente, havíamos alinhavado retalhos que agora, nesse breve encontro, podíamos costurar. Brilhante memória. 


"... sempre me impressionou o seu espírito ponderado, sua habilidade surpreendente em se adaptar aos novos tempos; a sua paciência no diálogo com as novas gerações e a sua tolerância respeitosa a valores tão contrários aos seus". (Guilherme Ferreira de Toledo, neto de dª Carminda para a Revista Kappa - edição nº 6) 

Se sua família fora generosa – filhos, netos, bisnetos, noras, genros – o que dizer da família que arregimentava por onde passava?! - amigos, alunos, profissionais, aqueles que somente dela ouviam falar – é o caso de Elvio, a quem, sempre atento, empresta-me seus ouvidos para que eu teça fios infinitos sobre aquela que, singular, levara-me a "desmembrar" tantas "fichas" de lembranças.


Ensinava-nos a aprender e a buscar o que não sabíamos. Fazia-nos pensar, questionar, perguntar, refletir, pesquisar, não aceitar simplesmente palavras impostas. Sabia transmitir informação, ao mesmo tempo em que nos levava a transformá-las em conhecimento e sabedoria para o nosso viver bibliotecário.

"Aos 84 anos, surpreendida por um obstáculo difícil de transpor até para ela: uma doença cruel... transformou dor em paciência, sacrifício em oração, dificuldade em superação, sentimentos ruins em silêncio". (Maria do Rosário (sua filha) para Revista Kappa magazine, edição nº 6)



Amante incondicional da área arregimentava seu exército, com seu ideal inabalável. Profissão = professar = fé.





Eu inclusive manifesto esse sentir inconteste, num de meus artigos, quando a paixão por livros me leva a registrar que me tornara bibliotecária por opção, paixão e convicção e a professora Carminda teve participação efetiva nessas três premissas.


Mas agora, a professora, doutora Carminda Nogueira de Castro Ferreira

“Montou num querubim e voou; sim, levada pelas asas do vento!” 

(Salmos 18:50)

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comentários Inajá Martins de Almeida
fotos Elvio Antunes de Arruda 

UFSCAR e Câmara Municipal de São Carlos 
Dia do Bibliotecário 12 de março de 2010

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A homenageada Dª Carminda, recebe o carinho dos ex-alunos mas, com certeza, a mais beneficiada com tal comenda fui eu, por ter tido o privilégio de conhecê-la e receber profundos conhecimentos teóricos e práticos através de brilhantes aulas por ela ministradas na então Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos. Professora que marcou profundamente minha vida pessoal e profissional, agora, depois de quatro décadas exatamente (1970 - 2010), poder reencontrá-la em seu pleno vigor físico, mental e espiritual é, para mim, razão de profunda graça.
Realmente, seu método revolucionário de ensino me levaria a jamais deixar de ser uma pesquisadora.
Foram apenas três anos, mas que fizeram, fazem e continuarão fazendo marcante diferença em minha vida. Bibliotecária por formação, por paixão, por convicção; cientista da informação, não pelo termo imposto pela modernidade, mas pela certeza de que, ao buscar aquilo que não sei, posso me aproximar mais da realidade de que nada sei e, a partir do que, jamais me distanciar do conhecimento, único e certo legado para a humanidade, sua orientação para que, de suas tantas matérias, recolhêssemos retalhos, que nos proporcionassem tecer colchas, acompanharam meus passos, durante toda minha jornada. Aos poucos, então, colchas tecia, com retalhos de lã, lembranças das linhas - artesã: das agulhas na lã, das palavras na linha. O tempo, realmente pediu conta de meu tempo e ao olhar para trás, aquelas doces lembranças de um passado marcante; aquela jovem ávida por galgar uma carreira, ainda sem futuro, ainda sem história; aquela professora que faria toda a diferença vida afora, decorridos os anos, os quais se contam em quarenta, os sorrisos escancarados, estampados no rosto - sorriso da alma - pode recolher um retalho, numa alegria que não se conta.

12 de março de 2010 – Dia do Bibliotecário

Inesquecível Dª Carminda, torna presente o maior dos presentes: o legado do conhecimento. Seu sorriso franco, limpo, aberto, claro, sem maquiagem, expressa a tranquilidade da missão cumprida.
Aquela jovem sonhadora, Inajá, que tecia retalhos futuros, ao ouvir da mestra querida que: - "o bibliotecário não tem futuro; ele é o futuro", pode amealhar mais um retalho para sua colcha, ao fazer da sua vida entre livros a sua realização pessoal.
Com certeza, Deus é tudo de bom, ao me cercar de gratas pessoas:
Minha mãe que me legou o prazer das lãs; formou-me o caráter.
Meu pai que me levou ao gosto pelos livros e pelas linhas; desenvolveu-me o senso crítico da pesquisa.
Meu irmão que me ensinou a humildade do perdão.
Meu filho que me proporcionou avançar na era tecnológica e, acima de tudo, me realizar quanto mãe.
Minha nora extensão maior da continuidade de gerações.
Minha neta legado de Deus para minha "velhice".
Cunhada, Sobrinhos, sobrinhos netos, tios, primos, professores, colegas, amigos.
Meu companheiro, aquele que acompanha meus passos no presente
Dª Carminha - inesquecível.
Professora que soube transmitir e encravar em minhas entranhas a paixão pela Biblioteconomia.
Sem sombra de dúvidas, os retalhos continuam sendo recolhidos; a colcha tecida... Quantas!
Querida, doce e meiga dona Carminda. Grata pela lembrança da sua presença em minha vida. Pela transmissão do seu conhecimento. Pela sua sabedoria em desvendar meu potencial in potencial. Pelo seu abraço terno neste dia. Pelo seu sorriso grato. Pela permissão de uma foto ao seu lado. Grata pelo seu exemplo de vida. Grata pelos seus retalhos... Eternamente grata. 

Inajá Martins de Almeida - Bibliotecária

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