quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL EXPÕE OBRAS DE CORA CORALINA

imagem copiada do blog Palavras de Seda à título informativo
http://palavrasdeseda.blogspot.com/2011/01/cora-coralina-coracao-do-brasil.html

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A exposição permanecerá para visitação a partir do dia 10 de janeiro até 13 de março 2011. 
Alguns trechos das matérias encontradas através da Internet, poderão ser acessadas por meio dos links relacionados.
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"A exposição, batizada de "Cora Coralina - Coração do Brasil" pretende revelar de forma bem intensa a obra e vida da escritora na literatura brasileira, especialmente marcada por uma poesia profundamente ligada à terra e à memória de sua região natal".




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"A exposição Cora Coralina - Coração do Brasil reúne manuscritos originais, correspondências, fotografias e outros artigos próprios da poetisa que alçou o nome de Goiás na elite da cultura brasileira".




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"A exposição mostra a vida de Cora desde menina no banco das mais atrasadas no colégio até a jovem intelectual que publicou seu primeiro texto aos 14 anos e que colaboraria, ao longo da vida, com centenas de jornais em Goiás, São Paulo e várias outras cidades brasileiras. A corajosa mulher que decidiu, em 1911, viver com um homem separado e partiu para São Paulo, onde criou cinco filhos, quatro seus e uma do primeiro casamento do marido.  A incansável trabalhadora, como se autodefinia, que vendeu livros da Editora José Olympio de porta em porta na capital paulista e foi comerciante, sitiante, líder de diversas causas, voluntária da Revolução Constitucionalista de 32, batalhou pelo voto feminino e recomeçou a vida aos 67 anos, de volta a Goiás, fazendo doce pra fora para sobreviver. Tudo isso sem jamais se afastar da inconfundível poesia feita de terra, água, tempo e memória, com a qual conquistaria o Brasil inteiro, aos 91 anos".




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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

DIA DO LEITOR - 07 de janeiro

LEITOR

Inajá Martins de Almeida

Leitor
Leia livros...
Leia jornais e revistas...
Leia gibis...
Leia em prosa ...
Leia em verso...
Passeie pela leitura em geral.


em casa até o gatinho siamês Geremias aprendeu a ler e já passeia pelas coloridas folhas do livro. 
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Use e abuse do veículo informacional – a internet.
Navegue e navegue sem cessar.
Você ficará assombrado com o vasto universo
Dos textos, dos autores que ali depositam palavras e mais palavras.
Alerta! Cuidado! Saiba selecionar.
Sempre há joio no meio do trigo
Mas como é bíblico é necessário que
um esteja junto ao outro;
No momento da ceifa, o trigo será separado
E o joio lançado fora.
Não se esqueça que dia a dia


ávido pela leitura Geremias se lança as páginas
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Ela – a leitura – está contribuindo
para levá-lo mais longe.
Longe da ignorância verbal;
Longe da cegueira do raciocínio lógico e crítico.
Vez ou outra arrisque o verbo.
Aguce a imaginação. Alce vôo nas asas da escrita:
O mágico universo da leitura lhe proporciona
Destreza para manipular as palavras.
Invente... tente... crie seus próprios textos.
- Comentários de leituras várias.


a curiosidade faz com que atente até aos detalhes externos do livro 
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Elabore resenhas, resumos,
pequenas fichas literárias.
Não se preocupe em ganhar fama como escritor:
- Você tem algo a transmitir com certeza.
Porém, que haja coerência na escrita.
Tampouco não se desespere por não ser grande leitor
- querer ler tudo que há no universo escrito será impossível.
Depois desses exercícios será bendito e aventurado
Porque, se bendito é “aquele que semeia livros e faz o povo pensar”
Bem aventurado será aquele que lê
torna-se um pensador
Bem aventurado aquele que escreve
Arrisca o verso e a prosa – torna-se um escritor
Mescla leitor com escritor.


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E tem gente que diz que não aprecia ou alega falta de tempo para a leitura. 


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PRIMEIRA TIPOGRAFIA BRASIL - 05 de janeiro


CRIAÇÃO DA PRIMEIRA TIPOGRAFIA NO BRASIL - 05 de janeiro de 1808


Oficialmente, essa é a data da instalação da primeira tipografia no Brasil: 05 de Janeiro de 1808, com a vinda da família Real Portuguesa. 
]
A  primeira gráfica oficial era estatal, somente o governo tinha autorização para imprimir.

Quando D. João VI deixou o Brasil, em 1821, começou a ser elaborado o documento que traria a liberdade de imprensa, quando um decreto seu acabava com a censura sobre textos originais, mas ela ainda continuava a existir sobre as provas imprenssas.

Foi D. Pedro I quem introduziu no Brasil a liberdade de imprensa, a partir da primeira lei de imprensa portuguesa. Em 28 de agosto de 1821 expressou num aviso: “que não embarace por pretexto algum a impressão que se quiser fazer de qualquer texto escrito”.


leia texto na íntegra através do link

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

LER DEVIA SER PROIBIDO



Muito interessante a matéria. 

LER - Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PROJETO EDUCAÇÃO EM PROSA


Promovido pela Secretaria Municipal da Educação de São Carlos e Sesc, na noite de ontem - 30 de novembro de 2010 - o filósofo, professor e doutor Mário Sérgio Cortella abordando sobre propostas curriculares, direcionamentos dos conteúdos e produção de conhecimento, levou-nos a reflexão sobre nosso papel como professores e educadores, numa época em que a informação se prolifera de forma galopante.

Quando fala de currículo, diz que "o que há para ser ensinado é tudo o que existe em nosso planeta. Porém, nenhuma escola poderá dar conta, numa época em que a informação cresce assustadoramente. Jamais, num currículo caberá tudo o quanto deve ser ensinado, assim, precisamos ter critério de escolha para trabalhar com informação e conhecimento. A informação é facilmente esquecida, enquanto que conhecimento é inesquecível, pois que ele é aquilo do qual nos apropriamos. Assim é que precisamos ter critérios de escolha para trabalhar com informação e conhecimento". Ademais  "o currículo precisa ser flexível e não volúvel".


Com versatibilidade ao abordar um tema tão complexo e repleto de meandros, consegue levar a platéia a percorrer labirintos explorados, inexplorados e a explorar, num delicioso passeio entre falas, risos, dúvidas, conjeturas, lições para serem aplicadas no cotidiano, mediante os desejos e necessidade de cada participante,  momento em que tanta informação foi transmitida nessa agradável noite.

"Enquanto muitas pessoas se satisfazem com a mera informação, e a internet é um veículo fabuloso para sua fabricação, muitos buscam o conhecimento" e, posso me colocar também dentro das abordagens apreciadas pelo autor do tema, mediante sua fala, quando em nossas conversas, Elvio e eu, apontamos que,  em nossa época, torna-se imperativo a transformação dessa gama de conhecimento em sabedoria. Deu até vazão a nossa imaginação quando Elvio declina: "sabedoria é capacitar-se a fim de construir pontes sobre os pilares do conhecimento; sair das margens do passado, transpor a corrente do presente atingindo horizontes do futuro".   

Outro ponto que chama atenção é a questão do interesse e vontade. Geralmente o interesse não está associado a vontade, tanto por parte do aluno quanto professor.  Assim, "temos de criar pontes entre nós e os alunos; se conseguirmos entendê-los vamos aprender muito com eles".

Em meio a tanta fala, sessenta minutos entre questionamentos, risos, envolvimento da platéia, o autor nos faz um alerta que cala fundo: "cuidado com pessoas que não tem dúvidas. Gente que não tem dúvidas envelhece, não inova, não se renova, não cresce". E mais ainda, cita Millor Fernandes a dizer que : "o tempo do idoso é o futuro, enquanto que o tempo do velho é o passado". E nos deixa uma premissa quanto ao que queremos fazer, tanto com nossas vidas, quanto com nossa educação: uma biópsia ou uma autópsia? Enquanto a biópsia estuda uma parte viva para extrair o mal que lhe acomete, a autópsia é feita sobre a parte inanimada, já sem vida.

No espaço de sessenta minutos direcionado a colocação do tema, recursos tecnológicos não foram necessários, o qual fora motivo para esboçar: "não é a tecnologia que torna a mentalidade pedagógica, mas é a mente que a utiliza ou a recusa". Muito interessante essa colocação, pois muitas vezes vemos belíssimas apresentações em data show, envolvimento com o emocional, através de imagens e som - visual e auditivo - porém  paupérrimas em conteúdo.

Outro ponto marcante, que mereceu nota por parte desta que escreve:  "Devemos sempre duvidar; ter humildade pedagógica para aprender e ter dúvida". E que "podemos ser idosos, porém jamais velhos".

Anotações, comentários e formatação de Inajá Martins de Almeida
fotos e pensamentos de Elvio Antunes de Arruda

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Mario Sergio Cortella (ca. 1954) filósofo brasileiromestre e doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde também é professor-titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e da pós-graduação em Educação (Currículo), além de professor-convidado da Fundação Dom Cabral e do GVpec da FGV-SP.
Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992) e é autor, entre outros livros, de A Escola e o Conhecimento, Nos Labirintos da Moral, com Yves de La Taille, Não Espere Pelo Epitáfio: Provocações Filosóficas, Não Nascemos Prontos! e O que a Vida me Ensinou - Viver em Paz para morrer em Paz.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O GATO LEITOR

(clique na foto para ampliá-la)

Não basta ser bibliotecária, mas envolver o leitor no universo dos livros, ainda que este seja um gato. 
Sempre estou adicionando novos livros  a minha coleção. Não me privo de reorganizar minha biblioteca. Neste domingo, contudo, o diferencial foi que sem ao menos perceber, Geremias - meu gato siamês - subiu na mesa e logo se achegou as pilhas de livros. 
Elvio não se conteve; pegou a câmera e fotografou instantes divertidos.
O pequeno gato parecia adorar a idéia e olhava e queria alcançar o topo, conseguindo vez ou outra. Olhava admirado - será que alcanço? 
Momento único agora registrado.
Esta é mais uma leitura do nosso cotidiano entre livros, leituras e cliques.

São Carlos 28 de novembro de 2010

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Comentários e postagem de Inajá Martins de Almeida
Fotos Elvio Antunes de Arruda  

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO

Dia Internacional do Livro - 23 de novembro 

(clique na foto para ampliá-la)

Belos momentos na biblioteca pública. É o Dia Internacional do Livro que se faz representar neste momento.


Neste belíssimo exemplar, encontro a foto da professora Carminda Nogueira de Castro Ferreira, fotografada na área de sua casa.
Quantas vezes adentrei esse local em direção a biblioteca, aberta para os estagiários da Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos.

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fotos: Elvio Antunes de Arruda
comentários : Inajá Martins de Almeida



ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO DE SÃO CARLOS

Vamos juntos conhecer e resgatar um pouco da história da faculdade de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos

esquina ruas Episcopal e Jesuíno de Arruda - clique na foto para ampliá-la

Bibliotecária tem de estar entre livros, sempre. Foi assim que nessa tarde do dia 23 de novembro de 2010, Elvio e eu adentramos a biblioteca municipal.

Meu propósito fora encontrar subsídios para conhecer um pouco mais sobre a história, desta cidade que me formou profissionalmente e agora acompanha nossos passos nesta segunda etapa de nossas vidas.

Surpresa quando deparo-me com um belíssimo trabalho elaborado pela professora Sonia Maria Trombelli de Hanai com a colaboração de Maria Christina de Almeida Nogueira sob o título: "A Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos: 1959 / 1997".

folha de rosto - clique na foto para ampliá-la

Naquele instante, alguns fragmentos pudemos retirar e fazer estes registros, que ora compartilho com aqueles que nos visitam.


                                                                                                                                                                                                                                                                                   
Inesquecível professor Alfredo Américo Hamar, com suas magistrais aulas de Documentação.


Dona Carminda, minha doce e terna professora. Da indicação dos seus retalhos pude compor este momento gratificante de um passado que se tornou tão presente.


Nesse carro biblioteca adquiri muita experiência com o público leitor, em especial com as crianças.
Era o momento em que percorríamos bairros e levávamos livros tão esperados por todos.
O que mais me chamava atenção era em Água Vermelha. As crianças ávidas corriam para buscar um lugar privilegiado na fila para encontrar seu livro e o levar para casa.
Ali podíamos travar conversas, saber sobre suas leituras, registrar um retalho agora resgatado.

  (clique na foto para ampliá-la)

Eis os formandos de 1972. Lá está meu nome - Inajá Martins de Almeida.
Vejam que feliz coincidência.
Sempre nos deparamos com alguém que nos desperta mais afinidade.
Esta era Isabel Martins, a qual durante o curso casa-se com um rapaz da cidade e passa assinar Almeida - Isabel Martins de Almeida.
Infelizmente nossa trajetória profissional nos separou e jamais nos reencontramos, mas os detalhes permanecem e um retalho pode ser alinhavado neste instante.

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comentários: Inajá Martins de Almeida

sábado, 13 de novembro de 2010

CASA FERNANDO PESSOA

Às futuras gerações de filólogos, à procura das fontes que inspiraram o maior poeta português desde Camões, recomendamos uma pesquisa na biblioteca de Fernando Pessoa (in Diário de Notícias, 18 de Janeiro de 1962, p. 7).

Foi com este apelo que Georg Rudolf Lind abriu o primeiro estudo inteiramente baseado na biblioteca particular de Pessoa – desse acervo bibliográfico que desde Novembro de 1993 se encontra albergado na Casa Fernando Pessoa em Lisboa. http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/bdigital/index/estudos.htm

Realmente site maravilhoso digno de estudo, de pesquisa, de leitura, de comentários. Vamos adentrar este  universo Fernando Pessoa, agora a nós disponível através da maravilhosa galáxia internet.



Reunir mais vozes à volta dos livros

A biblioteca, que ocupa uma parte do piso térreo e do 1º piso, e é constituída por três núcleos essenciais: a biblioteca particular de Fernando Pessoa (cerca de 1200 títulos), adquirida à família do poeta; a biblioteca pessoana activa e passiva, onde se encontra quase tudo o que foi escrito por e sobre Pessoa; e um fundo de poesia portuguesa e estrangeira. Há condições especiais para investigadores da obra de Fernando Pessoa.
É igualmente nesse espaço que está exposto o “Retrato de Fernando Pessoa”, pintado por José de Almada Negreiros em 1954 para o café Os Irmãos Unidos, posteriormente vendido em leilão e mais tarde oferecido à Câmara Municipal de Lisboa por Jorge de Brito.

    


A OUTRA VISÃO

Eu sonho. Morre-me no olhar parado
A alma; a outro olhar interior aflora
E vê de dentro as Cousas e a Hora...
Visto do Outro Lado,
Cada Ocaso é uma Aurora…
Sonho. E a visão com que me invado
De uma nua certeza  e calma
E um oásis em mim, com água e palma
Visto do Outro Lado,
Cada Corpo é uma Alma.
Sonho mais. Perco a vida do estagnado
Na visão com terço em mim aos céus
E faço a realidade sonhos meus...
Visto do Outro Lado, 
O Todo é nada e é Deus... 

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informação recebida do prof. dr. Adilson Marques
postado por Inajá Martins de Almeida
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A CRIAÇÃO DE TEXTOS - PALESTRA SESC SÃO CARLOS


(clique nas fotos para ampliá-las)
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Nesta quinta-feira (11/11/2010) participamos - Elvio e esta que escreve - de uma oficina no Sesc São Carlos. 
O tema "A criação de textos e a dimensão subjetivo do envelhecimento" veio acompanhado de uma abordagem fundamentada nos princípios estabelecidos pelo professor e doutor pela USP Adilson Marques, organizador do livro Ação Cultural na terceira idade.
A atividade abordou alguns elementos fundamentais para a criação de um texto autobiográfico, valorizando a história de vida e estimulando a memória, o raciocínio e a valorização da subjetividade.
O momento foi bastante profícuo, entre conversas, trocas de experiências, fotos, encontros inesperados.
O local agradável proporcionou momento único que algumas fotos registram.

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fotos: Elvio Antunes de Arruda
comentários: Inajá Martins de Almeida

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

BIBLIOTECA NACIONAL 200 anos

Biblioteca Nacional completa 200 anos com raridades longe dos olhos do público




Quando D. João VI fugiu das tropas napoleônicas trouxe para o Brasil o rico acervo de livros pertencentes à Corte Real. Em 1810, foi fundada a Biblioteca Nacional (então Real Biblioteca), que atualmente tem sede em um imponente palácio na praça da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Duzentos anos depois, comemorados nesta sexta-feira (29/10/2010), parte destes exemplares, somados a muitos outros que foram sendo doados ao longo dos séculos, conferem à instituição o título de a mais importante biblioteca da América Latina, que a ela se somam hoje nove milhões de obras.


Outra preciosidade da Biblioteca Nacional, que também está longe dos olhos do público, é o documento original assinado por D. João VI autorizando a abertura dos portos às nações amigas, fato que trouxe prosperidade comercial à nova sede do império português. A carta de 28 de janeiro de 1808, escrita ainda na Bahia, traz uma curiosidade: D. João assina como “príncipe” e faz cinco pontos, referentes à constelação do cruzeiro do sul. Este documento concorre ao título de “memória do mundo”, conferido pela Unesco.

veja mais acessando:
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/biblioteca+nacional+completa+200+anos+com+raridades+longe+dos+olhos+do+publico/n1237815531508.html

AÇÃO CULTURAL NA TERCEIRA IDADE

Com o tema  "O idoso e a cidade: a dimensão arquetípica e imaginária do envelhecimento" Adilson Marques (professor e doutor pela USP) nos fala que "nossas lembranças mais pessoais podem vir morar aqui", quando de sua palestra nesta terça-feira, 09 de novembro de 2010 no SESC São Carlos/SP.

Pontos relevantes de sua fala, ecoaram aos que se encontravam presentes, os quais puderam se sentir protagonistas de suas próprias visões ao longo de suas existências, retratados então no livro "Ação cultural da terceira idade".

Pontos marcantes foram colocados à baila, quando da fala do palestrante, sob apontamentos desta que registra:

Os correios e as cartas que eram recebidas, momento em que as reuniões familiares aconteciam para, todos juntos, poderem ler as missivas. Quem não pode retirar de suas memórias um pequeno retalho guardado.
A estação ferroviária com seu apito peculiar marcando a hora certa; o tempo que transcorria lento "e cheio de meandros com o trem e as ferrovias".
A Santa Casa, lugar de alegria, tristeza, lembranças que todos temos vívidas em nossas mentes.
São "as coisas invisíveis que dão sustentação as visíveis...", nas palavras de Michel Maffesolli.

Ao término, os presentes receberam como prêmio de participação o livro "Ação cultural na terceira idade", autografado por alguns dos seus autores presentes no momento.

Belíssimo encontro. Esta que comenta pode encontrar antigas colegas de escola, conhecer novas, e manter contatos gratificantes.

É a colheita do tempo recolhendo retalhos sempre.

Os links indicados nos dão uma pequena mostra do que foi a palesta:

http://www.youtube.com/watch?v=LBeFhg-5y0k - PARTE I

http://www.youtube.com/watch?v=JE0CEZy3sBE - PARTE II

http://www.scribd.com/doc/42301730/A-cidade-e-o-idoso

(clique nas fotos para ampliá-las)

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comentários: Inajá Martins de Almeida
fotos: Elvio Antunes de Arruda)

sábado, 30 de outubro de 2010

O PERSONAGEM "LIVRO"

"O livro, como instrumento privilegiado do saber e da reflexão, pelo relevante papel que desempenha no processo de civilização humana, na vida social, no desenvolvimento científico e tecnológico, na promoção dos direitos humanos e da paz deve merecer dos profissionais bibliotecários, agentes potenciais de mudança social, um estudo abrangente e profundo".

Carminda Nogueira de Castro Ferreira

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O LIVRO AGORA SOMOS NÓS

Faziam-me companhia, nada me cobravam. Silentes apenas podiam auscultar meus sussurros abafados, meus risos calados, meus olhos arregalados ou  fechados quando clamava alma.



Degustava as gravuras e aqueles sinais, ainda indecifráveis à minha pouca idade, eram incorporados à fala de minha mãe, a qual se fazia representar, decifrando-os para mim.

Os livros me eram familiares, ao ponto de perceber que a paixão não fora fruto do acaso. Entre livros nascera. Entre livros me criara. Entre livros me formara. Entre livros me tornara. Entre livros me apaixonara.

Mal supor pudera, que decorridos os anos entre livros, iria encontrar aquele que escreveria o segundo ato da composição da minha existência, quando então me segredava:

_ “Minha vida é uma enciclopédia. Cada ano um volume. Cada dia uma página. Cada hora um novo texto. Cada minuto uma palavra. E a cada segundo, entre um sim e um não, muda-se a história!”   

Era o momento em que sua entonação de voz mudava vez ou outra. Transportava-se para dentro daquele enredo e ora me vinha como uma serelepe, ora como manhoso urso; também me trazia chapeuzinho vermelho que adentrava a casa da vovozinha, enquanto o lobo mau do lado de fora mantinha guarda. Lembrança saudosa!

Ao lado, lápis de cores variados, papel branco, podiam delinear meus rabiscos, enquanto ela representava a cena, com seu dom esmerado.  Podia sair da contação da história, para adentrar o universo ilustrativo do tema. Tecia as cores, com a maestria com que passava o texto, ora acrescentando-lhe coloridos próprios, ora recolhendo retalhos, enriquecendo-os com bordados de palavras, que a pouca idade ainda me era desconhecida, mas que já sonoros alinhavos entreteciam em meus ouvidos.

Conseguia ir além das palavras do autor e, ainda que por instante célere, ser a co-autora, tanto da palavra quanto das cores. Ao ler e contar história tecia um novo texto; ilustrava-os sob sua ótica. Eu não podia entender, mas o livro saia das linhas e adentrava a galáxia de minha mãe. Anos após, poderia eu mesma sentir o gosto de sua própria experiência.

Aqueles momentos alinhavavam-me o universo literário. Coloriam meu mundo – o livro e minha mãe. Mais tarde novos personagens viriam compor meu cenário literário.

Eu não conseguia separá-los. Hoje meu discernimento me faz entender o que me era ininteligível naqueles mágicos encontros. Em minhas memórias, percebo-me livro nas mãos, meu filho ao lado, interesse ímpar pelos textos e gravuras, o que o levariam a cultivar o gosto pela pesquisa e leitura, num futuro breve.

Minha neta, olhar vivo, raciocínio rápido nos seus dois anos, livro nas mãos e um futuro brilhante; páginas em branco alinhavadas pela avó que cenas registram – na mente e nas linhas.

E os cenários se misturam. Passado e presente se intercalam e posso sair de uma cena e adentrar outra numa singular intimidade, aquela que as palavras nos proporcionam e juntos, lado a lado, o pensador que escreve o segundo ato da minha criação literária, sussurra-me aos ouvidos:

_ "Quando abro um livro, vislumbro um horizonte, onde as ideias brilhantes despontam como o sol, detrás das montanhas!" 

E – como o pensador que me fala – ideias brilhantes, despontando por entre as montanhas, por entre as linhas - começo a vislumbrar. Logo me aposso da linha imaginária que me leva, com asas de águia, rumo ao vento a compor um capítulo do nosso livro, aquele que está sendo escrito a quatro mãos todos os dias, entre os personagens centrais e co-adjuvantes que contracenam o teatro da vida.

Agora, as lembranças saem do virtual e no cenário real podemos em uníssono declarar:

_ O livro somos nós!

Inajá Martins de Almeida
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Os trechos entre aspas são do autor e pensador Elvio Antunes de Arruda (Elanklever) – do livro “Definições reflexivas II: grandes detalhes. Edição 2009.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

À MESTRA COM CARINHO!...

Há pessoas que passam... apenas passam!
Há pessoas que passam e deixam rastros permanentes!
Há pessoas que passam e se vão!
Mas...
Há pessoas que se vão e  não passam!...

Inajá Martins de Almeida

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Os veículos informacionais noticiam o falecimento da professora doutora Carminda Nogueira de Castro Ferreira neste último dia 14 de outubro aos 89 anos (1921 – 2010).

Falar de Dª Carminda (minha doce e querida professora na década de 70) é gratificante demais para mim. 

Fora ela a forjar minha formação acadêmica e a legar-me o incentivo a amealhar retalhos de experiências.


Foram eles - os retalhos - que puderam me fazer companhia no passado, alinhavar e tecer meu  presente e chulear meu futuro, pois deles me apossei e entreteci valores pessoais e profissionais  – já nem sei mais separá-los da minha pessoa.


DIA DO BIBLIOTECÁRIO - 12 de março 2010 










Estivemos presente nesse dia inesquecível  (Elvio Antunes de Arruda e esta que escreve - Inajá Martins de Almeida) nas merecidas homenagens que a UFSCAR e Câmara de São Carlos lhe outorgaram, aliás, digo inclusive que a mais homenageada fora eu, por haver merecido tão graciosa,  a "graça" por partilhar sua presença, num momento tão gratificante e merecido, pelos brilhantes feitos.


Esse momento pode ser registrado em fotos que Elvio, tão bem soube expressar, através de sua ótica perspectiva, o qual não tenho, também, como agradecer. Lá estava ele, para acompanhar e conhecer aquela a quem me expressava de forma a mais carinhosa, sempre.

Se os olhos de Elvio nos fitavam e atentavam aos cliques, deixaram mostrar, a mim, marejados quando, mesmo em forte emoção, pude observá-lo a nos mirar ainda que após o abraço apertado, naquela troca de olhares todo o mais se apartasse de nós – agora, éramos apenas nós duas a nos entregar às nossas memórias, aos nossos retalhos.  

Outra matéria significativa posso registrar, fora oferecida pela Revista Kappa (http://revistakappa.com.br/) em sua edição nº 6. Meus retalhos não ficaram esquecidos; fotos e falas puderam ser capturadas pela sensibilidade da jornalista Ana Paula Santos que, sem me aperceber registrava parte de algumas palavras acaloradas que travavamos naquele instante, quando então captura algo como: “na década de 70 dona Carminda foi minha mentora e me repassou o prazer em buscar o conhecimento. Lembro com carinho dela dizendo que suas aulas deveriam ser retalhos, e que durante nossa vida estaríamos costurando uma colcha...”

A minha grande mestra, com carinho, amor e dedicação por mim sempre lembrada. Seu sotaque forte e penetrante jamais se apartaram de meus ouvidos. Meu amor pelo seu conhecimento, pela pessoa generosa, legou-me a paixão e a convicção pela área que optara - a Biblioteconomia. Tornei-me bibliotecária e me realizei, em grande parte, proposto pelos seus incentivos maiores.


Amei dª Carminda, com amor incondicional de aluna, de profissional. 


Lembro-me de suas palavras naquele dia 12 de março (2010), quando dizia: 


“Quem me dera pudesse eu desmembrar todas as lembranças que tenho!”. (Carminda Nogueira de Castro Ferreira) 


O que posso eu dizer, quando então me encontro a  desmembrar parte dessas nossas lembranças.


Cuidadosa e zelosa, perguntava sobre minha trajetória profissional, pois nossos caminhos seguiram rumos diversos e pouco contato tivemos ao longo desses quarenta anos, porém, jamais nos esquecemos; jamais nos permitimos a distância, ainda que o físico não o negasse.

Surpreende-me quando me questiona sobre o tema de minha monografia, da qual nem ao menos cópia me ficara – O fato histórico – quando fora minha orientadora e se diz lembrar dos detalhes daqueles momentos, relatando-me até algumas passagens.

Realmente, havíamos alinhavado retalhos que agora, nesse breve encontro, podíamos costurar. Brilhante memória. 


"... sempre me impressionou o seu espírito ponderado, sua habilidade surpreendente em se adaptar aos novos tempos; a sua paciência no diálogo com as novas gerações e a sua tolerância respeitosa a valores tão contrários aos seus". (Guilherme Ferreira de Toledo, neto de dª Carminda para a Revista Kappa - edição nº 6) 

Se sua família fora generosa – filhos, netos, bisnetos, noras, genros – o que dizer da família que arregimentava por onde passava?! - amigos, alunos, profissionais, aqueles que somente dela ouviam falar – é o caso de Elvio, a quem, sempre atento, empresta-me seus ouvidos para que eu teça fios infinitos sobre aquela que, singular, levara-me a "desmembrar" tantas "fichas" de lembranças.


Ensinava-nos a aprender e a buscar o que não sabíamos. Fazia-nos pensar, questionar, perguntar, refletir, pesquisar, não aceitar simplesmente palavras impostas. Sabia transmitir informação, ao mesmo tempo em que nos levava a transformá-las em conhecimento e sabedoria para o nosso viver bibliotecário.

"Aos 84 anos, surpreendida por um obstáculo difícil de transpor até para ela: uma doença cruel... transformou dor em paciência, sacrifício em oração, dificuldade em superação, sentimentos ruins em silêncio". (Maria do Rosário (sua filha) para Revista Kappa magazine, edição nº 6)



Amante incondicional da área arregimentava seu exército, com seu ideal inabalável. Profissão = professar = fé.





Eu inclusive manifesto esse sentir inconteste, num de meus artigos, quando a paixão por livros me leva a registrar que me tornara bibliotecária por opção, paixão e convicção e a professora Carminda teve participação efetiva nessas três premissas.


Mas agora, a professora, doutora Carminda Nogueira de Castro Ferreira

“Montou num querubim e voou; sim, levada pelas asas do vento!”

(Salmos 18:50)


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comentários Inajá Martins de Almeida
fotos Elvio Antunes de Arruda 


UFSCAR e Câmara Municipal de São Carlos 
Dia do Bibliotecário 12 de março de 2010


(clique sobre as fotos para ampliá-las)


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saiba mais:


http://saocarlosemrede.com.br/portal/home/item/12412-morre-a-professora-doutora-carminda-nogueira-de-castro-ferreira


http://saocarlosoficial.com.br/noticias/?n=Faleceu+nesta+manha+(14)+a+Professora+Doutora+Carminda+Nogueira+de+Castro+Ferreira_2VLGSBKWA8



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